Os procedimentos estéticos aumentam muito no inverno. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, nas estações mais frias a busca por cirurgias plásticas cresce cerca de 50%. Isso tem motivo: temperaturas mais amenas fazem o pós-operatório ser mais confortável.
Além disso, plásticas para esculpir o corpo podem ser exibidas quase 100% cicatrizadas no verão. Isso porque as pacientes ficam de repouso no inverno, sem expor hematomas e inchaços ao sol e radicais livres.
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O cirurgião plástico Márcio Wallace conta que abdominoplastia, lipoaspiração, mastopexia (elevação das mamas com ou sem implantes de silicone), facelift (ritidoplastia) e rinoplastia são as mais procuradas pelas pacientes nesta época do ano.
“Algumas cirurgias, como a abdominoplastia e a mastopexia, exigem uma maior restrição de movimentos e cuidados no pós-operatório, pois nelas é retirada a pele em excesso, o que provoca tensão nas cicatrizes e diminui temporariamente a mobilidade. Além disso, em quase todas as abdominoplastias e em algumas mastopexias são realizadas abordagens na musculatura, o que é mais uma razão da restrição de mobilidade”, começa.
Queridinhas das famosas, as lipoaspirações tradicionais ou HD (LAD), não contam com remoção de pele, mas também precisam de cuidados durante a cicatrização. “O corpo humano continua precisando do seu tempo adequado para recuperação. Independentemente da técnica de cirurgia realizada, o edema (inchaço) é um componente esperado nas etapas iniciais da recuperação de uma cirurgia”, explica Márcio. O calor tem ligação direta com o inchaço, já que exerce grande influência na retenção de líquidos.
“Uma das táticas mais utilizadas pelos cirurgiões para prevenir inchaço e acelerar a redução dele, é a indicação de algum tipo de vestimenta de contenção e sustentação corporal no pós-operatório, como as cintas e sutiãs cirúrgicos. Por vezes a utilização dessas vestimentas pode ser um pouco incômoda no período pós-operatório inicial, especialmente em estações de maior calor”, acrescenta. Por isso, esses procedimentos são mais realizados em estações frias ou não tão quentes, como outono.
Já nas cirurgias faciais, como rinoplastia, lifting e blefaroplastia (cirurgia das pálpebras), é comum surgirem hematomas, e o sol desacelera o processo de normalização da pele neste período.
“Nessas cirurgias é comum a presença de equimoses, os famosos ‘roxos’ no pós-operatório recente, e a exposição ao sol pode piorar o inchaço e contribuir para o escurecimento da pele nas áreas em cicatrização. Ou seja, é fundamental não se expor à luz solar além do necessário e evitar ao máximo o calor”, finaliza Márcio.